Um dos templos mais icônicos do Rio de Janeiro completou 250 anos de história. A Igreja da Candelária, no Centro da cidade, foi homenageada, nesta sexta-feira, com uma missa solene e uma programação especial que resgatou a importância religiosa, histórica e cultural do monumento.
Reportagem de Vinicius Cruz e Jairo Rec
O som do coral e da orquestra ecoou sob a cúpula da Candelária e emocionou os fiéis na missa dos 250 anos do início de sua construção, presidida pelo arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta.
Uma placa comemorativa foi lançada em homenagem à bênção da pedra fundamental, em 1775 — ano de início da construção do templo.
A história da Candelária começou bem antes, em 1609, com uma promessa feita por um casal espanhol após sobreviver a uma tempestade no mar. A pequena capela construída por eles daria origem à grandiosa igreja, inspirada em modelos barrocos portugueses, com interior neoclássico e obras de grandes artistas como Zeferino da Costa, Mestre Valentim e Henrique Bernardelli.
A Candelária é um símbolo da fé, da arte e da história do Rio. Ela sobreviveu a mudanças urbanas profundas, como a abertura da Avenida Presidente Vargas, e se manteve como referência no centro do Rio.
O consistório da igreja, restaurado recentemente, deve ser aberto à visitação, e o museu da Candelária será reformulado.
O arcebispo da arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, relembrou a importância. “É um templo que com a sua beleza arquitetônica e sua presença, sua localização, marca o centro. E o Rio de Janeiro é conhecido por esse centro onde aparece a Candelária como um marco muito importante”.
A Igreja da Candelária agora aguarda o reconhecimento oficial como basílica, em mais um o para preservar e valorizar um dos maiores patrimônios do Rio de Janeiro. E assim, a Candelária segue firme como ponto de fé, arte e resistência no coração do Rio.