Saúde e inovação tecnológica, uma combinação que pode contribuir para o bem-estar de muita gente. A iniciativa é de um estudante universitário de Minas Gerais, que já conhece os benefícios desta novidade.
Reportagem de Monizy Amorim e Daniel Camargo
O uso constante e por longos períodos do computador faz parte da rotina de Kael Soares, estudante do curso de Ciência da Computação, na Universidade Federal de Minas Gerais. A frequência provocou uma tendinite e isso fez o universitário repensar seus hábitos.
O estudante de Ciência da Computação, Kael Soares Augusto explicou o motivo.
“Uma preocupação muito grande foi que eu queria ser um programador no futuro e isso quer dizer que eu teria que usar o teclado muito mais para frente, mas eu teria que fazer isso de forma saudável”, explicou o estudante de Ciência da Computação, Kael Soares Augusto.
Diante do novo quadro de saúde e a necessidade de usar o computador, Kael começou a procurar uma solução para o seu problema. Foi aí que nasceu o Kaly42, um teclado ergonômico, que combate a tendinite ao promover conforto na digitação.
“Se você observar um teclado normal, é que ele tende alinhar bem com a sua mão direita, ou seja, as teclas formam esse formato aqui, que alinha com seu braço quando você coloca ele aqui. Porém, com a mão esquerda você vai perceber que esse alinhamento não existe, se você for tentar corrigir isso você acaba fazendo esse movimento com o pulso, que pode causar tendinite em longo prazo e tem muitas contra recomendações de vários profissionais da saúde. Já no meu teclado isso é deitado, primeiro porque ele é dividido, então você pode alinhar ele exatamente onde sua mão está, para que ele possa evitar esse problema do pulso. Além disso, as teclas você vai perceber que elas tem uma distância diferente, isso é porque os dedos acabam descansando exatamente onde estão nessas posições centrais você sempre anda só uma tecla. Isso faz com que o seu pulso não precise mexer enquanto você digita bastante. Quando você usa um teclado aqui você tende a fechar os ombros e colocar as mãos mais juntas, então se você usar o meu teclado você pode colocar as metades bem espaçadas, que automaticamente coloca seus ombros na posição correta”, reforçou Kael.
Até chegar a esse resultado foram quatro meses de muita pesquisa e testes. De acordo com o estudante, o teclado tem sido sinônimo de conforto para continuar os estudos de ciência da computação… benefício que outras pessoas puderam experimentar e aprovar.
“O meu teclado entra no que nós classificamos como ‘open source’. Open source é aquilo que seja um código ou um projeto aberto para o público para que ele possa ver como é feito, ver quais foram os os, contribuir e poder fazer modificações também. Eu já devo ter recebido de umas 20 ou mais pessoas. Em geral elas gostaram bastante do teclado, disseram que estão usando bastante. Hoje em dia os computadores, os telefones e os aplicativos que a gente usa ditam a nossa vida, você pode ver exatamente como isso funciona e poder contribuir com parte disso é bem interessante”, concluiu o inventor.